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Notícia  - 10/12/2015 11:10:58 AM
Produtos artesanais e passeios atraem turistas para o ES
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Família une agroturismo e agroindustria no Espírito Santo (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Fábio Linhares
Da TV Gazeta

As belezas naturais e os produtos da roça atraem cada vez mais turistas ao meio rural do Espírito Santo. As pousadas, os passeios e a culinária se transformam em renda para o produtor, que sabe que ainda há muito a ser feito para fortalecer o agronegócio.

É subindo as montanhas capixabas que chegamos a Pedra Azul, distrito de Domingos Martins. Cheio de belezas naturais, que encantam turistas, o município é o que abriga o maior número de agroindústrias do estado. Ao todo são 128 empreendimentos.

Neuza trabalha com a produção de mel no distrito. “Por que não trabalhar com agroturismo? Diversificar a produção, ao invés de ficar só na produção de mel, que é o que o mercado explora mais”, disse a apicultora Neuza Vicente.
No local, os turistas podem comprar os produtos e tem a oportunidade de conhecer todo processo da apicultura. “Tem degustação dos produtos, quando é criança a gente não leva no apiário pra conhecer as abelhas, a gente tem uma colmeia de abelhas sem ferrão que a gente mostra para os pequenos. É uma experiência diferente”, explicou Neuza.

Venda Nova do Imigrante

Ainda nas montanhas capixabas, Venda Nova do Imigrante também explora o agroturismo. Com pouco mais de 20 mil habitantes, o pequeno município é conhecido como a capital nacional do agroturismo, pela Associação Brasileira deTurismo Rural.
O município começou a desenvolver o agroturismo no final dos anos 80 e hoje está em 70 propriedades rurais, com 300 famílias envolvidas. Os turistas compram os produtos feitos na região.

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Produção de palmito no Espírito Santo / (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Agroturismo e agroindústria

Em todo estado, agroturismo e agroindústria andam de mãos dadas. "A agroindustrialização dos produtos começou muito relacionada com o agroturismo da região de montanhas. Nós temos municípios, como Venda Nova, que ainda são muito relacionadas”, explicou a coordenadora de agroindústria do Incaper.
Incentivada pelo Incaper, a família de Lorenza Venturim investiu na plantação de palmeira real e pupunha. São cinco mil pés em produção. A ideia era criar um jeito de diversificar as culturas.
“Começou uma conversa para montar uma cooperativa, só que a ideia não foi para esse lado e a gente visualizou a oportunidade de investir no negócio. Aí que meu pai decidiu montar a agroindústria”, disse Lorenza.

A partir dessa ideia é que nasceu a única agroindústria de palmito do estado. Além da plantação própria, a agroindústria compra palmito de produtores da região. Todo processo é manual, começa com a retirada das cabeças de palmito na plantação, passa pela limpeza da casca e no trabalho da cortadeira, na sala de produção.
Hoje, a agroindústria produz cerca de mil potes por mês. Mas até chegar a esta produção foram muitas dificuldades na hora de montar a fábrica. “Do processo pronto até eles virem fazer a visita cinco meses. Todas aquelas legislações que uma pequena, uma micro-empresa precisa atender ainda é um desafio para a especificidade da agricultura familiar”, disse Lorenza.
Mesmo com as dificuldades o negócio tem dado certo. Agora, já preparam um espaço para atender os turistas. "Hoje a gente já tem uma visitação de algumas pessoas e a gente viu a necessidade de ter um ambiente mais apropriado para receber e aproveitar o potencial turístico da região”, completou.

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Pousadas mostram a força do agroturismo no Espírito Santo (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Pousadas

O visitante que vai a Venda Nova do Imigrante pode ainda dormir por perto. São várias opções de pousadas em que o hóspede fica em meio a uma área verde.
"Geralmente a pessoa vem para conhecer a região, então ficam hospedados com a gente, a gente explica o roteiro e ele faz o passeio. Conhece vários pontos e volta”, disse a dona da pousada Maria Elizete Botacini.
Elizete contou que nem passava pela cabeça dela e do marido investir no turismo. "A gente sempre trabalhou com o plantio e compra de hortifrutigranjeiros. Nós compramos o terreno para fazer o plantio, quando ele viu que era muito cheio de pedras ia ficar difícil de trabalhar com máquinas, aí ele teve a ideia de montar a pousada”, disse.
Hoje, são 15 vivendas, que abrigam turistas de várias partes do estado e do Brasil. Mas para Elizete ainda falta divulgação das rotas turísticas do Espírito Santo. "Como que o cliente vai chegar até aqui sem um mapinha, sem uma placa de indicação? Então eu acho que a gente precisava de um incentivo maior na divulgação", completou.

A matéria foi exibida no Jornal do Campo em 11 de Outubro 2015 pela TV Gazeta.

Clique na imagem abaixo e assista!


Fonte: g1.globo.com


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